Não sou nenhuma
especialista nos filmes do Woody Allen, assisti apenas dois até então, Blue
Jasmine e Meia-Noite em Paris. Mas Paris-Manhattan me mostrou um pouco desse
fantástico mundo, de filmes que possuem um começo simples mais que acabam se
tornando uma viagem a lugares complicados e desconhecidos da alma humana.
Dirigido por Sophie Lellouche, lançado em 2013,
esse filme francês é surpreendente. Comecei assisti-lo e pensei, “São apenas
1h17mim de filme, deve ser apenas uma comédia romântica leve.”, porém estava
enganada. O filme não é dirigido por Woody Allen, é na verdade inspirado nas suas produções
anteriores.
Allen não é um mito
da sétima arte à toa, possui uma carreira de sucesso tanto atuando como
produzindo, Lellouche conseguiu com certo sucesso, produzir a história de
Alice, uma mulher que é feliz em sua carreira como farmacêutica mais se recolhe
em seu quarto com os filmes de Woody Allen usando-os como uma bolha para fugir
da frustação de ter uma vida amorosa tão fracassada, e ainda aguentar a pressão
da família por ainda não ter se casado.
Ela é arrastada a
inúmeros eventos sociais por seus pais, para tentar encontrar seu cavaleiro de
armadura dourada, porém assim como nos filmes do seu diretor favorito a vida
não é algo perfeito e onde apenas a felicidade reina, ela é cheia de
desilusões, arrependimentos, magoas e isso é que a torna tão dura, no entanto
lhe confere uma beleza única, por que podemos estar sofrendo hoje, mas e
amanhã, o que pode acontecer?
Em uma destas festas
ela acaba conhecendo dois homens que chamam sua atenção, só que por motivos
diferentes. E então quando ela pensa estar vivendo o ápice da sua felicidade,
ela começa a descobrir que a sua família não é o que aparentava ser e que príncipes
montados em cavalos brancos só existem em contos de fadas e filmes.