Segundo volume da série
Bevelstoke, “Aconteceu em Londres” ou no titulo original, “What happens in London”, narra a história de Olivia
Bevelstoke, a melhor amiga de Miranda e irmã de Turner, em sua terceira
temporada na sociedade londrina. Olivia, ao contrário de quem não leu o
primeiro volume da série pode pensar, por esta ainda não ter se casado, é
considerada a flor da sociedade londrina. Recebeu inúmeros pedidos de
casamento, mas renunciou a todos, devastando corações por toda a cidade.
Descrita como dona da beleza
ideal, todos a chamam de graciosa, linda, perfeita, mas Olivia já está de saco
cheio de todos esses adjetivos. Ela pode até ser linda com seu cabelo
extremamente loiro e seus olhos azuis, mas passa muito longe de graciosa, tanto
na dança, quanto em seu comportamento com pessoas estúpidas. E isso, é uma dor
de cabeça enorme para seus pais.
Depois que Miranda casou-se,
Olivia acabou fazendo outras amizades, porém nada se comparava à Miranda. Em
uma de suas reuniões semanais com Mary, Philomena e Anne para discutirem sobre
os próximos eventos, Mary contou a todos que o novo vizinho dos Bevelsoke ao
sul era Sir Harry Valentine, isso não era nada interessante até Olivia
descobrir que circula na sociedade que Sir Harry, tinha assassinado sua noiva!
Olivia fingiu não se interessar
pelo boato, mas durante cinco dias passou vigiar as atividades de Harry em seu
escritório, pois a janela do quarto dela lhe dava visão completa do que
acontecia no escritório dele.
Sir Harry Valentine agora
trabalhava para o Ministério da Defesa inglês, mas nem sempre as coisas foram
fáceis para ele. Harry cresceu com os pais, mas bem, não eram uma família e
aos doze anos, Harry sabia duas coisas que o diferenciava dos outros garotos
ingleses: primeiro era completamente fluente em russo e francês, e segundo seu
pai era uma bêbado.
A avó materna de Harry, Olga
Petrova era uma aristocrata russa que mudou-se para sua casa quando Harry tinha
quatro anos, e insistia para que seus netos usassem o russo para se comunicar,
pois considerava o inglês um idioma inferior e o francês tolerável. Anne, sua
irmã, odiava o russo, mas a Grand-Mère (avó em russo) os obrigava a aprender o
idioma. O bem da verdade é que Harry amava os livros, estudar russo também,
desde cedo percebeu que seria daqueles que moravam em bibliotecas e depois em
escritórios.
“A Rússia era enorme e fria. Mas sobretudo,
era grande. Pedro, o grande, Catalina, a
grande, Harry tinha sido desmamado com aquelas histórias.
- Ora! – zombava Olga, mais de uma vez,
quando o tutor de Harry tinha lhe tentado ensinar a história da Inglaterra. -
Quem é Etereldo, O Indeciso? O
Indeciso? Que tipo de país permite que seus governantes sejam indecisos?
- A Rainha Elizabeth era incrível.
- Chamam-na Elizabeth, a Grande? Ou a Grande
Rainha? Não. Chamam-na a Rainha Virgem, como se isso fosse algo do que estar
orgulhoso.”
Sir Lionel Valentine era um
baronete, e consequentemente Harry herdaria esse título. Ele não via a hora de
seguir para o colégio e se afastar dos pais, Lady Katarina Dell Valentine
fingia que nada via e assim nada sentia, e quanto a Harry já estava cansado de
limpar o vômito de seu pai e leva-lo para a cama. Seguiu para o colégio com
Sebastian Grei, seu primo e melhor amigo, evitando quanto fosse possível que
seu pai aparecesse por lá. Ao terminar o colégio com Seb, ele iria seguir para
a universidade e depois assumir seu papel de herdeiro e seu primo seguiria para
o exercito. Só que na cabeça de Harry, algo mudou totalmente e ele decidi
seguir com Seb para o exército.
E agora se encontra sendo vigiado pela filha do conde Rutland, através de sua janela. Harry está intrigado com
ela, já faz cinco dias que ela se esconde atrás da cortina para olha-lo e então
seus olhos se encontram, e dessa vez Olivia têm certeza de que ele a viu. Ela
não sabe o que fazer, quando encontra Harry no recital das Smythe-Smith, fica
claro apenas uma coisa: se detestam.
Mas quando o príncipe Alexei, da
Rússia está em uma visita à Inglaterra, Harry é encarregado de vigiar tanto o príncipe
quanto a sua possível futura noiva, a senhorita Olivia Bevelstoke, ele é
obrigado a manter contato constante com Olivia, e por traz daquela mascara de
frieza que ela usa quando se encontra em sociedade, descobre uma mulher
inteligente e sarcástica que parece ser apagada na maioria das vezes devido a
sua beleza. E Olivia se surpreende ao encontrar um amigo de verdade, em quem
pode confiar e até amar...
Esse livro de Julia traz uma
mocinha diferente, Olivia não é cheio de dilemas pessoais e também não tem medo
de amar, sendo decidida e realista ao extremo. Tão realista que prefere jornais
à livros, e isso Quinn deixou claro quando escreveu parágrafos tão engraçado
referente às novelas góticas que eram um sucesso no século XIX. O romance
ficava por parte de Harry, um leitor voraz e daltônico, mas mesmo assim Olivia
não deixa de ter seus momentos melosos.
Escrito por Paulinha.
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